Governo Federal já investiu R$ 1,283 bilhão para custeio dos 9.011 leitos destinados exclusivamente para o tratamento de pacientes graves e gravíssimos da doença
(Saúde.gov)
A saúde pública brasileira já conta com 9.011 leitos de UTI habilitados pelo Governo do Brasil para tratar exclusivamente de pacientes graves ou gravíssimos com COVID-19. Do total, 236 deles são de UTI pediátrica. Ao todo, o Ministério da Saúde fez um aporte na ordem de R$ 1,283 bilhão, pago em parcela única, para estados e municípios custearem esses leitos pelos próximos 90 dias ou enquanto houver necessidade em decorrência da pandemia. Nesta sexta-feira (3), foram habilitados mais 41 leitos de UTI, ao custo de R$ 5,9 milhões, contemplando a população do estado de Goiás.
Os recursos são repassados no ato da publicação das portarias que autorizam as habilitações dos leitos no Diário Oficial da União. Cada leito recebe o dobro do valor normal do custeio diário para leitos de UTI, passando de R$ 800 para R$ 1.600. São leitos exclusivos para pacientes graves ou gravíssimos com coronavírus. Os gestores dos estados e municípios contemplados recebem o valor antes mesmo da ocupação do leito. A medida fortalece o Sistema Único de Saúde (SUS) e leva atendimento para todos os estados brasileiros, incluindo capitais, municípios maiores e, especialmente, pessoas menos protegidas no interior do país.
Apesar de estados e municípios terem autonomia e liberdade para criarem e habilitarem os leitos necessários, o Ministério da Saúde, em decorrência do atual cenário de emergência em saúde pública, tem apoiado irrestritamente as secretarias estaduais e municipais de saúde e investido diariamente em ações, serviços, infraestrutura e estratégias para auxiliar estados e municípios no enfrentamento da doença. Além das habilitações de leitos, a pasta também tem enviado recursos, comprado e distribuído insumos, medicamentos, Equipamentos de Proteção Individual para os profissionais de saúde, ventiladores pulmonares e testes de diagnóstico.
De janeiro a junho, o Ministério da Saúde enviou R$ 50,4 bilhões a estados e municípios para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde, sendo R$ 9,7 bilhões voltados exclusivamente para combate ao coronavírus. Também já foram comprados e distribuídos 15,5 milhões unidades de medicamentos para auxiliar no tratamento do coronavírus, 115,7 milhões de EPIS, 11,4 milhões de testes de diagnóstico para COVID-19 e 79,9 milhões de doses da vacina contra a gripe, que ajuda a diminuir casos de influenza e demais síndromes respiratórias no meio dos casos de coronavírus. O Ministério da Saúde, em apoio irrestrito a estados e municípios, também tem ajudado os gestores locais do SUS na compra e distribuição de ventiladores pulmonares. A pasta já entregou 6.410 equipamentos para todos os estados brasileiros de maio até hoje.
HABILITAÇÃO DOS LEITOS COVID-19
O pedido de habilitação para o custeio dos leitos COVID-19 é feito pelas secretarias estaduais ou municipais de saúde, que garantem a estrutura necessária para o funcionamento dos leitos. O Ministério da Saúde, por sua vez, realiza o repasse de recursos destinados à manutenção dos serviços por 90 dias ou enquanto houver necessidade de apoio federal devido à pandemia.
No início de abril o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 568, que dobrou o valor do custeio diário dos leitos UTI Adulto e Pediátrico de R$ 800 para R$ 1,6 mil, em caráter excepcional, exclusivamente para o atendimento dos pacientes com coronavírus. Com isso, esses leitos habilitados temporariamente já começam a receber o valor diferenciado do incentivo. Outros pedidos estão em análise pela pasta para publicação a qualquer momento.
Para solicitar a habilitação, basta que estados e municípios enviem um ofício ao Ministério da Saúde solicitando a abertura desses leitos. Os critérios para habilitações são bem objetivos e simples, para dar celeridade e legalidade na publicação de portaria habilitando leitos e transferir o recurso necessário o mais rápido possível.
Detalhamento das habilitações de leitos de UTI
|
Estado
|
Leitos habilitados
|
Recurso repassado
|
NORTE
|
NORTE
|
730
|
R$ 105 milhões
|
AC
|
30
|
R$ 4 milhões
|
AM
|
194
|
R$ 28 milhões
|
AP
|
32
|
R$ 5 milhões
|
PA
|
336
|
R$ 48 milhões
|
RO
|
81
|
R$ 12 milhões
|
RR
|
15
|
R$ 2 milhões
|
TO
|
42
|
R$ 6 milhões
|
NORDESTE
|
NORDESTE
|
2648
|
R$ 381 milhões
|
AL
|
154
|
R$ 22 milhões
|
BA
|
539
|
R$ 78 milhões
|
CE
|
402
|
R$ 58 milhões
|
MA
|
238
|
R$ 34 milhões
|
PB
|
170
|
R$ 24 milhões
|
PE
|
644
|
R$ 93 milhões
|
PI
|
291
|
R$ 41 milhões
|
RN
|
156
|
R$ 22 milhões
|
SE
|
54
|
R$ 8 milhões
|
CENTROO-OESTE
|
CENTRO
|
726
|
R$ 104 milhões
|
DF
|
185
|
R$ 27 milhões
|
GO
|
200
|
R$ 29 milhões
|
MS
|
157
|
R$ 23 milhões
|
MT
|
184
|
R$ 26 milhões
|
SUDESTE
|
SUDESTE
|
3392
|
R$ 487 milhões
|
ES
|
165
|
R$ 24 milhões
|
MG
|
413
|
R$ 60 milhões
|
RJ
|
740
|
R$ 105 milhões
|
SP
|
2074
|
R$ 299 milhões
|
SUL
|
SUL
|
1515
|
R$ 214 milhões
|
PR
|
473
|
R$ 68 milhões
|
RS
|
624
|
R$ 86 milhões
|
SC
|
418
|
R$ 60 milhões
|
|
Total Geral
|
9011
|
R$ 1,293 bilhão
|
Por Silvia Pacheco, da Agência Saúde
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