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Itambé/Ribeirão do Largo: Ônibus da Banda Coração Cigano tomba e deixa feridos.

                                   Ônibus da Banda Coração Cigano Sofre Acidente na Rodovia Itambé/Ribeirão do Largo Deixa Várias Vítimas Feridas      Um grave acidente envolvendo um ônibus da Banda Coração Cigano ocorreu na manhã deste sábado (28) em um trecho da rodovia localizado a cerca de 25 km da cidade de Itambé. O ônibus, que transportava os integrantes da banda, teria ficado sem freios e colidiu com um barranco na Serra do Tomba, local conhecido por frequentes acidentes.                   Consequências do Acidente    Pelo menos cinco pessoas sofreram ferimentos em razão do acidente, duas sofreram ferimentos leves, outras duas mais grave e outra vítima precisou ser transferida hospital em Vitória da Conquista para melhor avaliação e tratamento. A banda havia se apresentado anteriormente nas cidades de Macarani-BA e Ribeir...

Na Bahia, negros ganham quase 40% menos do que brancos

Dados foram divulgados pelo IBGE neste Dia Nacional da Consciência Negra


A desigualdade voltou a aumentar. Depois de quatro anos, a diferença de rendimento entre negros e brancos – que sempre foi alta – voltou a crescer. Com a crise no mercado de trabalho, em 2016, a diferença na renda chegava a 34% menos para os negros no terceiro semestre daquele ano. Agora, em 2017, os números indicam uma disparidade ainda maior: negros ganham 36,3% menos do que brancos na Bahia.

Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta segunda-feira (20), justamente quando se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra. E as estatísticas continuam assustadoras: quanto mais escura a cor da pele, menor será a renda. Isso porque o órgão federal considera ‘negros’ aqueles que se autodeclararam pretos ou pardos.

Na Bahia, no 3º trimestre deste ano, enquanto os brancos que trabalhavam ganharam, em média R$ 1.945, os pardos receberam R$ 1.263 (35,1% menos), enquanto os pretos tiveram rendimento de R$ 1.175 (quase 40% menos).


No mesmo período do ano passado, o rendimento médio geral tinha até registrado um leve aumento – 2,2% do universo total. O problema é que a maior parte desse aumento foi justamente para aqueles que se declaram brancos, cujos rendimentos aumentaram 4,5%. Os que se declaram pardos tiveram um crescimento de renda menor do que a média (1,7%), mas os que se declararam pretos continuavam com a renda em queda (-1,7%).

Em termos de comparação, embora o próprio IBGE reconheça que, “historicamente, os negros que trabalham recebem menos que os brancos”, a desigualdade na Bahia vinha diminuindo desde 2012. Naquela época, os negros ganhavam, em média, 60,7% do que os brancos recebiam – ou seja, quase 40% a menos. Em 2015, essa diferença caiu para 33%. Em 2016, primeira vez após o período de queda que a desigualdade voltou a aumentar, o rendimento dos negros foi 34% menos do que os dos brancos.

Mais negros desempregados
Isso é preocupante porque, a Bahia, é o quarto estado com maior percentual de população negra no país – 80,3%. Numa população de pouco mais de 15 milhões de pessoas, 12,3 dos baianos se declararam pretos ou pardos.

Na Bahia, a presença dos negros é maior entre os desempregados (85,2%) do que na população em geral (80,3%). Para o IBGE, a dificuldade de inserção da população negra no mercado de trabalho é “visível”, uma vez que pode ser constatada através dos indicadores de desocupação.

No terceiro trimestre de 2017, a taxa de desocupação geral na Bahia foi de 16,7%, mas ela era de 12,9% para os brancos e de 17,5% para os negros. E, quando se compara o terceiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, embora a taxa suba na média, de 15,9% para 16,7%, na verdade ela tem uma leve queda entre os brancos (de 13,1% para 12,9%) e aumentou mesmo para os negros (de 16,5% para 17,5%).

Neste contexto, a Bahia teve a segunda maior taxa de desocupação do país (16,7%), ficando atrás apenas de Pernambuco (17,9%). Esse ranking se manteve quando se consideram apenas os negros, embora em ambos os estados a desocupação seja maior entre os negros que a média. Entretanto, quando se olham apenas os brancos, a taxa de desocupação na Bahia (12,9%) cai para a sexta mais alta entre os estados e fica já bem próxima da taxa nacional (12,4%).

Os negros que procuram trabalho na Bahia também representam uma parcela maior do que a população em geral. No estado, enquanto representam 80,3% da população em geral, os negros são 85,2% dos que estão procurando trabalho. No Brasil, esses percentuais são, respectivamente, de 55,3% e 63,7%.


 *CORREIO

http://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/na-bahia-negros-ganham-quase-40-menos-do-que-brancos/