Ferramentas de inteligência artificial entraram de vez na rotina de estudantes em cursinhos e professores que os preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, e outras avaliações.
Se em um primeiro momento houve mais desconfiança sobre o uso, cursos ouvidos pela reportagem agora dizem que a IA foi incorporada de diversas formas na rotina de suas instituições, seja no apoio ao planejamento de aulas e de estudos, material didático e até elaboração de exercícios.
"No início a gente teve muita repulsa. Mas o avanço da tecnologia não tem mais volta. No futuro, redações poderão ser corrigidas por IA. É importante que os alunos entendam a tecnologia", diz Juliana Tavares, supervisora pedagógica do Descomplica, startup que oferece cursinho para o Enem e cursos à distância de graduação e pós.
Ela lembra que o próprio Ministério da Educação já aderiu à tecnologia: o ministério disponibiliza um aplicativo de estudos para o Enem com correção automatizada de redação e assistente virtual com IA.
Professores relatam que tiveram de trazer o assunto para a sala de aula para evitar que alunos usassem as ferramentas de forma incorreta, que pudesse prejudicar os estudos.
"Não adianta dizer para os alunos não usarem e ficarem só com o que falamos em sala", diz o diretor pedagógico do Colégio Oficina do Estudante Campinas, Célio Tasinafo.
"Antes da IA os alunos já recorriam ao Google para encontrar resoluções diferentes daquelas que a gente oferecia."
A principal dica é que estudantes usem essas ferramentas como um apoio para as tarefas que já faziam antes, não como um substituto do material didático ou das conversas com professores.

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